segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Béla Bartok (1881-1945) - The Miraculous Mandarin, Op. 19, Sz 73 e Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz 106

Julguei que fosse um dever moral postar este CD.

No espírito dos balés mágicos e violentos, O Mandarim Miraculoso de Bartók tem momentos tão dramáticos que bem nos ajudam a apreciar o espírito brutal na música clássica. Nos posts dedicados aos poemas sinfônicos de Dvorák, temos visto como a música pode ser alusiva e dramática em apoio a um enredo. Mas aqui, essa alusão é ainda mais concreta: a música acompanha um “balé pantomima”, um misto de dança e representação teatral sem palavras. Então cada ação é refletida pela música de maneira literal e gestual. Na estória inspirada em Melchior Lengyel, temos três vagabundos coagindo uma jovem mulher a fazer o papel de uma prostituta a fim de atrair ao seu quarto vítimas a quem eles possam roubar. A atração de um estranho e obcecado mandarim acaba fugindo ao controle, e toda tentativa de fugir e de afastá-lo termina em uma insistência macabra digna de pesadelo. Separo aqui novamente três partes.

1. A obra começa com um prelúdio que reproduz os sons agitados das ruas, antecedendo ainda o abrir das cortinas do balé, e antecipa o espírito do que teremos pela frente, como toda boa introdução. O trecho que seleciono é um clímax de intensidade que parece não ter fim: os sopros completamente histéricos, os metais em motivos de fôlego curto imitando a melhor trilha dramática, e um tema sombrio surgindo nos baixos, antecipando que o destino daquela noite não estava pra pouco.

2. Neste trecho, a jovem corre do mandarim, que já a persegue com um olhar fulminante de desejo depois de vê-la dançar. O tema agitado é meio cigano, e tem um momento de histeria de tirar o fôlego com as cordas. É quando ele a agarra.

3. E aqui, no quarto ao qual o mandarim deveria ser atraído e roubado, ele e a jovem começam a lutar, até que ela consegue sufocá-lo com um travesseiro. Os metais tocam com excitação, enquanto as cordas tocam uma figura escapolindo do tema dos metais, representando a luta dos dois. Depois aquele tema cigano é tocado novamente e de maneira predominante, com uma participação alucinante da percussão. Já ao final do trecho a respiração do mandarim vai esmorecendo enquanto ele gira os braços para o ar.

A música não acaba por aqui e essa quadrilha ainda teria muito trabalho, o que é um convite para se conhecer a obra completa. Mas, por ora, passemos adiante em busca de mais música e selvageria.

DAQUI

Boa apreciação!

Béla Bartok (1881-1945) - The Miraculous Mandarin, Op. 19, Sz 73 e Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz 106

The Miraculous Mandarin, Op. 19, Sz 73
01. Allegro: Introduction
02. Moderato: First decoy game
03. Second decoy game
04. Sostenuto: Third decoy game
05. Maestoso: The Mandarin enters
06. Allegro: The girl sinks down to embrace him
07. Sempre vivo: The tramps leap out
08. Adagio: Suddenly the Mandarin's head appears
09. Agitato: Again, the frightened tramps discuss how to eliminate the Mandarin
10. Molto moderato: The body of the Mandarin begins to glow with a greenish blue light
11. Più mosso - Vivo - She resists no longer, - they embrace.

Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz 106
12. 1. Andante tranquilo
13. 2. Allegro
14. 3. Adagio
15. 4. Allegro molto

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Chicago Symphony Orchestra
Pierre Boulez, regente

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domingo, 30 de janeiro de 2011

Johannes Brahms (1833-1897) - Sonata for Cello and Piano No. 1 in E minor, Op. 38 e Sonata for Cello and Piano No. 2 in F major, Op. 99

Há compositores que possuem uma linguagem singular e que nos toca profundamente. Certamente, Brahms é um desses. É um dos meus compositores favoritos. Gosto incondicionalmente de sua música, de sua sensibilidade. Achei que era um dever postar este CD. Achei-o recentemente. Pensei em não postá-lo. 160 kbps é uma quantia, para mim, pouco apetecível. Gosto de mp3s a partir de 224 kbps. Mas como se trata de uma CD com um conteúdo tão espetacular, decidi postar. Já fazia um certo tempo que eu não postava o bom e velho Brahms. E aqui ele aparece interpretado por Serkin e Rostropovich. Verdadeiramente imperdível! Um bom deleite!

Johannes Brahms (1833-1897) - Sonata for Cello and Piano No. 1 in E minor, Op. 38 e Sonata for Cello and Piano No. 2 in F major, Op. 99

Sonata for Cello and Piano No. 1 in E minor, Op. 38

01. 1. Allegro non troppo
02. 2. Allegretto quasi Menuetto
03. 3. Allegro

Sonata for Cello and Piano No. 2 in F major, Op. 99
04. 1. Allegro vivace
05. 2. Adagio affettuoso
06. 3. Allegro passionato
07. 4. Allegro molto

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Mstislav Rostropovich, cello
Rudolf Serkin, piano

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sábado, 29 de janeiro de 2011

Claude Debussy (1862-1918) - Pélleas et Mélisande - drama lírico em cinco atos (ópera) - (CDs 3, 4 e 5 de 5 - final)

Pelléas et Mélisande é como se fosse um portal que nos conduz a um novo mundo musical no século XX. Publicada em 1902, a obra é um divisor de águas. Achei simplesmente fenomenal a explicação da wikipédia para a obra. Por isso, segue o texto: Pelléas et Mélisande (Pelléas and Mélisande)(1902) é uma ópera em cinco actos e doze quadros, composta por Claude Debussy, com Libretto de Maurice Maeterlinck. A Acção decorre no reino imaginário de Allemonde, em tempos medievais. Pelléas et Mélisande é uma espécie de manifesto do pensamento artístico de Claude Debussy (1862 - 1918) e, por extensão, também do expressionismo musical. A corrente estética criada em França, em finais do século XIX, constituiu uma resposta à escola pictórica impressionista. O pai desta última foi Claude Monet – de quem Debussy se declarava fervoroso admirador. O seu quadro intitulado Impression: soleil levant (1874) abriu o novo caminho impressionista e ao mesmo tempo deu-lhe o nome. Auguste, Renoir, Camille Pissarro e Edgar Degas foram os representantes seguintes deste movimento artístico que sacudiu as bases da cultura parisiense nas últimas décadas de 1800. Todos estes artistas confrontaram-se com a Academia Francesa de Belas Artes e aos seus ensinamentos ao mostrar mais interesse em reflectir os efeitos da luz do que em retratar com precisão os perfis das personagens, objectos ou as paisagens.

Esta nova técnica, na qual desempenhava um papel principal o tratamento da cor, foi a que Debussy quis aplicar na linguagem artística da qual era mestre. Na actualidade identificamos já alguns elementos impressionistas em certas obras de Chopin ou Liszt, mas foi o compositor francês quem definiu os traços fundamentais do impressionismo musical no seu celebrérrimo Preludio à sesta de um fauno (1894). Pelléas et Mélisande é também outra das obras representativas desta corrente artística que exerceu uma importante influencia na música do século XX. Maurice Ravel, o outro grande músico do impressionismo, e artistas posteriores como Béla Bartók e Olivier Messiaen aproveitaram os ensinamentos do autor de La Mer.

A criação de Pelléas et Mélisande foi complicada e longa. Debussy tinha conhecido o drama de Maeterlinck devido à sua estreia no Théatre des Bouffes-Parisiennes em 1893. Nesse mesmo ano, cativado pela peça do autor flamengo, começou a escrever a sua ópera. A 6 de Setembro escreveu ao seu amigo, ele também compositor, Ernest Chausson: " Debussy terminou uma cena de Pelléas, ‘Uma fonte no parque’, Acto IV, cena 4". Esta é a primeira notícia que temos da génese de Pelléas et Mélisande. Debussy foi submergindo-se pouco a pouco na composição de uma música difícil, trabalhosa e inclusivamente desencorajadora para o seu autor, que o obrigava a fabricar novos recursos para seguir adiante com a revolucionaria partitura. Numa nova missiva ao seu amigo Chausson, o compositor confessou: "servi-me de um meio expressivo muito estranho: o silêncio (não se ria), que é talvez a única maneira de atingir o sentimento de um instante".

Quando os primeiros esboços se encontravam bastante avançados, o compositor francês preparou um encontro em Gand com o próprio Maeterlinck para diligenciar as autorizações correspondentes, o que foi possível graças a Henri de Régnier, um dos seus amigos da Libraire Indépendante. Debussy foi ao encontro acompanhado pelo poeta Pierre Louÿs. Após o encontro com dramaturgo, o músico reflectiu sobre as suas impressões, uma vez mais, na sua correspondência privada: "Passei com Maeterlinck um dia em Gand. No principio comportou-se como uma jovenzinha à qual apresentaram o seu futuro marido, mas logo se derreteu o gelo e esteve encantador. O que me disse sobre o teatro qualifica-o como um espírito verdadeiramente superior. Autorizou-me a fazer em Pelléas todos os cortes que me fossem precisos, inclusivamente indicou-me alguns realmente necessários e muito úteis. De música, segundo me disse, não percebe nada; vai ouvir uma sinfonia de Beethoven como um cego a um museu. Mas é um homem fora do normal, que diz coisas extraordinárias da maneira mais simples. Quando lhe agradeci pelo seu Pelléas, fez todo o possível para demonstrar-me que era ele quem estava agradecido por tê-lo posto em música". Debussy utilizou como libreto o texto de Maeterlinck, o qual submeteu a algumas consideráveis modificações.

Em 1895, Debussy deu por terminado o seu Pelléas et Mélisande. No entanto o descontentamento apoderou-se do compositor, que uma vez mais regressou às páginas da sua ópera e continuou a trabalhar nela. Depressa incorporou novidades na sua obra, enquanto prosseguiu com outros projectos diferentes, entre os quais se encontram os Nocturnos. A Ópera Cómica de Paris fixou por fim uma data – início de 1902 – para a estreia de Pelléas et Mélisande. Mas esta estava cada vez mais perto e Debussy prosseguia com as suas correcções. Iniciaram-se os ensaios e o compositor encontrou-se com numerosos problemas. Em primeiro lugar, produziram-se desagradáveis tensões com André Messager, maestro da produção em preparação. E, posteriormente, teve que enfrentar vários confrontos com os cantores e instrumentistas da orquestra, que se encontravam muito incomodados com a tão moderna música de Debussy. Entretanto, o compositor consagrava as suas noites de insónia a terminar a sua obra. A estreia produziu-se, por fim, a 27 de Abril de 1902, com a lendária soprano escocesa Mary Garden no papel de Mélisande. O acolhimento do público parisiense foi glacial; inclusivamente chegou a receber com gargalhadas algumas das dramáticas frases da infeliz protagonista feminina durante o Acto II. Ao finalizar o trabalho, o silêncio e desaprovação superou os escassos aplausos. Paul Dukas, Pierre Louÿs e Paul Valéry, que se encontravam entre a assistência, estavam enfeitiçados pela música do seu amigo, conscientes de que tinham sido espectadores de um grande momento da história. Debussy, pela sua parte, encontrava-se especialmente satisfeito com a interpretação de Mary Garden no papel principal: " Chegou por fim o acto V - a morte de Mélisande - e foi um assombro, de cuja emoção não poderia dar conta. Era a voz secretamente ouvida, com essa doçura desvanecida, essa arte tão cativante em que não acreditava até esse momento e que desde então fez com que a admiração do público se inclinasse com um fervor cada vez maior perante o nome da menina Mary Garden".

A reacção do público parisiense perante uma obra tão audaz e revolucionária parece lógica. Em Pelléas et Mélisande, Debussy luta contra a tradição. A sua escrita vocal foge de todo o conencionalismo, pelo que é inútil procurar entre as paginas desta ópera especial melodias no sentido tradicional, árias ou momentos de brilho para os cantores. Como o próprio compositor explicou, " quis que a acção não se detivesse nunca, que fosse contínua, ininterrupta…quis prescindir de frases musicais parasitas. Ao escutar uma obra, o erspectador está habituado a experimentar dois tipos de emoções muito distintas: a emoção musical, por um lado, e a emoção da personagem, por outro; em geral, sente-as de modo sucessivo. Eu cuidei para que estas duas emoções estivessem perfeitamente fundidas e fossem simultâneas. A melodia, se me permite dizê-lo, é antilirica". Pelo seu estilo particular, Pelléas et Mélisande erige-se como precendente de Bartók e do próprio Schönberg. Do ponto de vista harmónico, Debussy faz uso de um modalismo de ressonâncias medievais e mágicas, no qual se pode achar certa influência wagneriana. É sabido que o compositor francês dedicou sentimentos contraditórios à arte do genial compositor alemão. Muitas das características harmónicas e sonoras da música de Wagner impregnaram a sensibilidade de Debussy, no entanto, a controversa técnica do leimotiv com a qual o autor de o Anel do Nibelungo estruturava as suas composições produzia-lhe uma forte resistência. Debussy escreveu Pelléas et Mélisande como uma alternativa oposta a Wagner, mas em muitas passagens, como apontou o próprio Pierre Boulez, não é difícil de encontrar a influência do último Wagner, ou Parsifal.

Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) - Pélleas et Mélisande - drama lírico em cinco atos (ópera)

DISCO 03

Ato I
01. 1 Une forêt
02. 2 Un appartement dans le château
03. 3 Devant le château

Ato II
04. 1 Une fontaine dans la parc
05. 2 Une appartement dans le chateau
06. 3 Devant une grotte
DISCO 04

Ato III
01. 1 Une Des Tours Du Château
02. 2 Les Souterrains Du Château
03. 3 Une Terrasse Au Sortir Des Souterrains
04. 4 Devant Le Château

DISCO 05

Ato IV
01. 1 Un appartement dans le château
02. 2 Scène 2
03. 3 Une fontaine dans le parc
04. 4 Scène 4

Ato V
05. 1 Une chambre dans le château

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Orchestra of the Royal Opera House
Royal Opera House (chorus)
Pierre Boulez, regente
George Shirley, Pelléas
Elisabeth Söderström, Mélisande
Donald McIntyre, Golaud
David Ward, Arkel
Yvonne Minton, Genevière
Anthony Britten, Yniold
Dennis Wicks, Un mèdicin

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857) - Jota aragonesa, Summer Night in Madrid, Kamarinskaya, Valse-Fantasie, Chernomor's March etc

Já deixei aqui explícito em outros textos o quanto gosto da música russa. Principalmente, porque percebo força, drama e angústia. Estes são elementos que sempre busco observar em qualquer composição. Aquilo que ouço deve ter um desses elementos. Os russos possuem tudo isso. E mais: aquele gosto tão particular, aquela fragrância de estepes, desertos, gelo e pradarias; do folclore rico e com feições populares. E no que tange a Mikhail Glinka, falamos daquele que é considerado como o pai da música naquele país. Os temas que saltam de sua música são eminentemente russos - embora encontremos no presente post temas espanhóis. É atribuída a Glinka a influência sobre o Grupo dos Cinco - Cui, Balakirev, Korsakov, Borodin e Mussorgsky. Este CD, sob a regência de Svetlanov, estava separado há um bom tempo. Trouxe-o à tona somente hoje. Uma boa apreciação!

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857) - Jota aragonesa, Summer Night in Madrid, Kamarinskaya, Valse-Fantasie, Chernomor's March (Ruslan and Ludmila, Act IV), Oriental Dances (Ruslan and Ludmila, Act IV) e Magic Dances (Ruslan and Ludmila, Act III)

Jota aragonesa01. Jota aragonesa
Summer Night in Madrid
02. Summer Night in Madrid

Kamarinskaya
03. Kamarinskaya

Valse-Fantasie
04. Valse-Fantasie
Chernomor's March (Ruslan and Ludmila, Act IV)
05. Chernomor's March (Ruslan and Ludmila, Act IV)
Oriental Dances (Ruslan and Ludmila, Act IV)
06. Oriental Dances (Ruslan and Ludmila, Act IV)

Magic Dances (Ruslan and Ludmila, Act III)
07. Magic Dances (Ruslan and Ludmila, Act III)
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The U.S.S.R. Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Italian Concerto, French Overtute, Four Duets, Two Capriccios

O BWV 971 (Concerto Italiano) de Bach é uma das peças mais populares do compositor. Obra, verdadeiramente, de grande beleza e sensibilidade. O músico alemão publicou a peça, juntamente com a Abertura Francesa, em Leipzig, no ano de 1735. A pianista Angela Hewitt consegue imprimir um clima delicado, de profunda nostalgia ao concerto. Gostei do aspecto delicado da interpretação - e acima de tudo da elegância. A Abertura Francesa, também presente no post, não se tornou tão popular quanto o Concerto Italiano, mas é uma obra de grande genialidade. É uma obra-prima para ser executada ao piano ou cravo. A Sarabande encontrada na peça, repleta de melancolia, transmite aquela espiritualidade superior da música do grande mestre alemão. Bom deleite! O CD é muito bom!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Italian Concerto, French Overtute, Four Duets, Two Capriccios

Italian Concerto, for solo keyboard in F major (Clavier-Übung II/1), BWV 971
01. (Allegro)
02. II. Andante
03. III. Presto

Capriccio sopra la lotananza del suo fratello dilettissimo, for keyboard in B flat major, BWV 992
04. I. Arioso
05. II. Andante
06. III. Adagio
07. IV. Aria I
08. V. Aria di
09. VI. Fuga a

Capriccio in E, BWV 993
10. Capriccio in E, BWV 993

Duetto, for keyboard No. 1 in E minor (Clavier-Übung III No. 23), BWV 802
11. Duetto, for keyboard No. 1 in E minor (Clavier-Übung III No. 23), BWV 802

Duetto, for keyboard No. 2 in F major (Clavier-Übung III No. 24), BWV 803
12. Duetto, for keyboard No. 2 in F major (Clavier-Übung III No. 24), BWV 803

Duetto, for keyboard No. 3 in G major (Clavier-Übung III No. 25), BWV 804
13. Duetto, for keyboard No. 3 in G major (Clavier-Übung III No. 25), BWV 804

Duetto, for keyboard No. 4 in A minor (Clavier-Übung III No. 26), BWV 805
14. Duetto, for keyboard No. 4 in A minor (Clavier-Übung III No. 26), BWV 805

Overture in the French Manner, partita for keyboard in B minor (Clavier-Übung II/2), BWV 831
15. I. Overture
16. II. Courante
17. III. Gavotte I
18. IV. Gavotte II
19. V. Gavotte I (da capo)
20. VI. Passepied I
21. VII. Passepied II
22. VIII. Passepied I (da capo)
23. IX. Sarabande
24. X. Bourrée I
25. XI. Bourrée II
26. XII. Bourrée I (da capo)
27. XIII. Gigue
28. XIV. Echo

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Angela Hewitt, piano

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dmitri Shostakovich (1905-1975) - Concerto para violoncelo e orquestra No. 1, Op. 107 e Concerto para violoncelo e orquestra No. 2, Op. 126

Na semana passada eu postei os dois concertos para violino de Shostakovich. Hoje, observando a relação de CDs que estão separados para serem postados, eu achei este baita registro com Tilson Thomas e Maisky, um dos maiores celistas da atualidade e me resolvi, imediatamente, a postá-lo. Vale a pena conferir as peças, eivadas pelo humor, pela ironia e por toda aquela gama complexa de sentimentos tão comuns ao compositor soviético. É uma gravação primorosa. Resultado: cinco estrelas conferidas pelos resenhistas da Amazon. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1905-1975) - Concerto para violoncelo e orquestra No. 1, Op. 107 e Concerto para violoncelo e orquestra No. 2, Op. 126

Concerto para violoncelo e orquestra No. 1, Op. 107
01. I. Allegretto
02. II. Moderato - attacca
03. III. Cadenza - attacca
04. IV. Allegro con moto

Concerto para violoncelo e orquestra No. 2, Op. 126
05. I. Largo
06. II. Allegretto - atacca
07. Allegretto

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London Symphony Orchestra
Michael Tilson Thomas, regente
Mischa Maisky, cello

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Benjamin Britten (1913-1976) - Four Sea Interludes , Op. 33A, m Richard Strauss (1864-1949) - Don Juan, Op.20, Béla Bártok etc

Gosto bastante desses broadcasts. São registros transmitidos ao vivo, que algum sujeito com boas intenções teve o cuiadado de gravar e semear na grande rede. Geralmente, tratam-se de gravações excelentes, com os principais regentes da atualidade. Possuo para mais de 1600 gravações desse tipo. Esta que aqui compartilho, despertou-me o interesse desde o primeiro momento que ouvi. Traz peças verdadeiramente primorosas, gravadas pela Orquestra da poderosa BBC. Faço elogios à gravação Four Sea Interludes from Peter Grimes de Britten. Aparecem ainda Richard Strauss, Bartok e Stravinsky, uma verdadeira apoteose com os compositores mais significativos do século passado. A condução fica a cargo de Thierry Fischer. Uma boa apreciação!

Benjamin Britten (1913-1976) - Four Sea Interludes , Op. 33A
01. 1-Dawn
02. 2-Sunday Morning
03. 3-Moonlight
04. 4-Storm

Richard Strauss (1864-1949) - Don Juan, Op.20
05. Don Juan, Op. 20

Béla Bártok (1881-1945) - Piano Concerto No. 3, Sz 119
06. Allegretto
07. Adagio religioso
08. [Allegro vivace]

Igor Stravinsky (1882-1971) - Pétrouchka
09. First Tableau
10. Second Tableau
11. Third Tableau
12. Fourth Tableau

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BBC National Orchestra of Wales
Thierry Fischer, regente
Llyr Williams, piano

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 e Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129

Achei por bem postar este maravilhoso CD, porquanto desde o momento em que pude ouvi-lo, fiquei absurdamente satisfeito. Traz os dois concertos para violino de um dos meus compositores favoritos - Shostakovich. A música de Shosta sempre foi geradora de um intenso mistério em mim. Existe um profundo senso trágico, de lamento, de dor velada, de angústia represada, talvez fruto de suas emoções incotidas; de seu silêncio aflito. Quiça eu possua um pouco do compositor soviético em mim. Shosta seria quem foi em qualquer lugar do universo. Li isso uma vez num te xto escrito pelo Milton Ribeiro. Verifiquei que ele foi muito feliz nessa assertiva. De fato, em se tratando de Shostakovich, o regime soviético serviu apenas como um aspecto contigente em seu amâgo como ser histórico. O compositor se portaria como essa figura introvertida, silenciosa e de alma vulcânica, mesmo em outro país. Gosto muito dessas gravações da Naxos. A Naxos possui um charme curioso. Sinto-me compelido a postar tudo o que consigo dela. Um bom deleite!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 e Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129

Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99
01. I. Nocturne
02. II. Sherzo
03. III. Passacaglia
04. IV. Burlesque

Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129
05. I. Moderato
06. II. Adagio
07. III. Adagio - Allegro

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Polish National Radio Symphony Orchestra (Katowice)
Antonio Wit, regente
Ilya Kaler, violino


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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Claude Debussy (1862-1918) - Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses (CD 2 de 5)

Há algumas semanas atrás eu li uma poesia do poeta Manuel Bandeira chamada Debussy. Bandeira é um dos poetas mais brilhantes do Modernismo. Pertence àquela safra de intelectuais pernambucanos na qual se incluem ainda Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Nelson Rodrigues, José Condé, entre tantos nomes que abrilhatam a história das ideias e da produção de pensamento no Brasil no século XX. . O que me chamou a atenção na poesia denominada Debussy, do autor de um dos livros de poesia que mais gosto, Libertinagem & Estrela da Manhã, foi o quanto ele conseguiu captar o espírito da música debussyana. Acredito que nem mesmo uma tese de doutorado explicite o caráter da música de Debussy como a poesia homônima de Bandeira. Assim diz a poesia:

Para cá, para lá...
Para cá, para lá...
Um novelozinho de linha...
Para cá, para lá...
Para cá, para lá...

Oscila no ar pela mão de uma criança...

(Vem e vai...)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
- Psiu...Para cá, para lá...
Para cá e...
O novelozinho caiu.

Curiosamente, é como se o poema acompanhasse o movimento pendular de alguma coisa. É como se os versos tivessem a velocidade de um metrônomo, que segue um ritmo lógico, matematizado: para cá, para lá... Depois de ter-nos informado que esse para cá, para lá (contínuo como mostram as reticências) é o movimento de um novelozinhoo de linha que oscila no ar pela mão de uma criança que delicadamente e quase a adormecer o balança, o poeta impede nossa manifestação com um psio ciciante, para que não se acorde a criança que quase dorme. Belíssimo. Isso, de fato, é Debussy. Já vi muitos comentários de pessoas que não simpatizam com o compositor francês justamente por causa dessa atmosfera, desse halo invísivel de sonho etéreo, arrancado da indecisão de dois mundo, de um para cá, para lá... Por exemplo, basta que ouçamos a peça Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, para que percebamos essa atmosfera carregada de sugestão, lubricidade, indecisão, eroticidade e tons pictóricos. É como se Debussy pintasse com música os quadros de sonho que pervagavam sua mente. Não deixe de ouvir mais este maravilhoso CD conduzido por Pierre Boulez. Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) - Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses

Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune
01. Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune

Jeux (Poème Dansé)
02. Jeux (Poème Dansé)

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente

Images Pour Orchestre
03. I. Gigues
04. II. Iberia, Par Les Rues Et Par Les Chemins
05. II.Iberia, Les Parfums De La Nuit
06. II.Iberia, Le Matin D' Un Jour De Fete
07. III. Rondes De Printemps

Danses
08. I. Danse Sacree
09. II. Danse Profane

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente
Alice Chalifoux, harpa

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BAIXAR AQUI CD2

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Michael Praetorius (c.1571-1621) - Las Danses Terpsichore (1612) e Motets de Musae Sioniae et d'autres collections*

Vamos à Renascença, à música de Praettorius. A wikipédia me auxiliará: "Michael Praetorius (provavelmente 15 de fevereiro de 1571 – 15 de fevereiro de 1621) foi um compositor alemão, organista e escritor sobre música. Foi um dos mais versáteis compositores de sua época, sendo particularmente importante no desenvolvimento de formas musicais baseadas nos hinos protestantes. Ao nascer, foi registrado como Michael Schultze, o caçula de um pastor luterano, em Creuzburg, na Alemanha. Após freqüentar a escola em Torgau e Zerbst, estudou divindade na Universidade de Frankfurt. Praetorius serviu como organista na Marienkirche em Frankfurt antes de trabalhar na corte em Wolfenbütte como organista e (desde 1604) como mestre-de-capela. De 1613 a 1616, trabalhou na corte da Saxônia, em Dresden, onde teve contato com a música italiana mais atual, inclusive as obras policorais da Escola Veneziana. Seu desenvolvimento subseqüente da forma do "concerto coral", especialmente a variedade policoral, resultou diretamente de sua familiaridade com a música de venezianos como Giovanni Gabrieli. Michael Praetorius foi sepultado numa cripta sob o órgão da Igreja de Santa Maria em Wolfenbütten, Alemanha. Praetorius foi um compositor tremendamente prolífero, tendo suas obras mostrado influência dos contemporâneos Samuel Scheidt and Heinrich Schütz, bem como dos italianos. Suas obras incluem a Musae sioniae (1605-10), de 9 volumes, uma coleção de cerca de 1000 corais e arranjos de canções; muitas outras obras para a igreja luterana; e Terpsichore (1612), um compêndio de cerca de 300 danças instrumentais, que é sua obra mais conhecida, bem como a única obra secular sobrevivente. Seu tratado de 3 volumes Syntagma Musicum I e o Syntagma Musicum de Organographia II (1614-20) são textos detalhados de práticas musicais contemporâneas e instrumentos musicais, e são documentos importantes para a musicologia, organologia e o estudo de performances de época". Um bom deleite!

Michael Praetorius (c.1571-1621) - Las Danses Terpsichore (1612) e Motets de Musae Sioniae et d'autres collections*

Las Danses Terpsichore (1612)
01. Passameze
02. Spagnoletta
03. La Bouree
04. Pavane de Spaigne
05. Courante M.M. Wustrow
06. Suite de Ballets
07. (Galliard) Reprinse secundam inferioren
08. La Sarabande
09. Suite de Voltes

Motets de Musae Sioniae et d'autres collections*
10. Resonet in laudibus
11. Erhalt uns, Herr bei deinem Wort
12. Gott der Vater wohn uns bei
13. Aus tiefer Not shrei ich zu dir
14. Allein Gott in der Hoh sei Ehr
15. Christus, der uns selig macht

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Early Music Consort of London
David Munrow, diretor
Boys of t he Cathedral and Abbey Church of St. Albans*
Peter Huford, master of the music

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Frantisek Skroup (1801-1862) - Kde domov müj? e Bedrich Smetana (1824-1884) - Má Vlast (Minha Pátria)

Há algum tempo postei uma versão do Má Vlast ("Minha Pátria") de Smetana com Kubelik que é uma gravação de referência. Resolvi fazer esta postagem da mesma peça com o maestro bretão Sir Roger Norrington. Não faz mal que nos excedamos, a obra é belíssima. Um verdadeiro hino de louvor à terra do compositor Bedrich Smetana. Surge ainda o compositor checo Frantisek Skroup. Sendo assim, uma boa apreciação!

Frantisek Skroup (1801-1862) - Kde domov müj?
01. Kde domov müj?
National anthem of the Czech Repulblic

Bedrich Smetana (1824-1884) - Má Vlast (Minha Pátria)
02. Vysehrad (The High Castle)
03. Moldau, T 111
04. Sarka, T 113
05. From Bohemia's Meadows and Forests
06. Tabor
07. Blaník, T 121

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London Classical Players
Sir Roger Norrington, regente

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domingo, 16 de janeiro de 2011

Arnold Schoenberg (1874-1951) - The Complete String Quartets

Acredito que os quartetos de cordas de Schoenberg estão entre as produções mais rasgadamente revolucionárias de tudo aquilo que se produziu em matéria de arte no século XX. Junto com os quartetos de Bartok, formam uma espécie de manifesto da música do século passado. Inicialmente, os quartetos do compositor austríaco se mostram amendrotadores. A música é dura, técnica, lógica. Eu, inclusive, que sou dado (em muito) aos eflúvios do romantismo, sinto um certo estranhamento quando ouço algo assim árido, pedregoso, com imensas arestas aos ouvidos pouco afeitos à música do século passado. Mas nem por isso deixa de ser um terreno menos empolgante. Não disponho de muitas versões desses quartetos. Acredito que esta gravação com o New Vienna String Quartet tenha vindo a mim há mais de um ano. Estava lá na minha conta no Rapidshare - abril de 2010. Havia enviado para lá há um bom tempo. Somente hoje pela manhã, enquanto organizava uma planilha de gastos, baixei os arquivos (não consegui localizar nos meus arquivos) e comecei a ouvir. Após essa operação, senti-me premido a postar. Não deixe de ouvir, de andar por esses corredores apertados da música modernista. Uma boa apreciação!

Arnold Schoenberg (1874-1951) - The Complete String Quartets

DISCO 01

String Quartet No.1 in D minor, Op.7
01. 1. Nicht zu rasch
02. 2. Kräftig (nicht zu rasch)
03. 3. Mäßig (langsame viertel)
04. 4. Mäßig (heiter) New Vienna String Quartet

String Quartet No.2, Op.10
05. 1. Mäßig
06. 2. Sehr rasch
07. 3. Litanei (Langsam)
08. 4. Entrückung (Sehr langsam)

DISCO 02

String Quartet No.3, Op.30
01. 1. Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Intermezzo (Allegro moderato)
04. 4. Rondo

String Quartet No.4, Op.37
05. 1. Allegro molto, energico
06. 2. Comodo
07. 3. Largo
08. 4. Allegro

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New Vienna String Quartet
Evelyn Lear, soprano

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sábado, 15 de janeiro de 2011

Maurice Ravel (1875-1937) - Boulez Conducts Ravel, Roussel (CDs 3 e 4 de 4 - final)

Após um longo espaço de tempo, desde que postamos o último CD desta fenomenal caixa, estamos de volta. Dessa vez, para postar os dois últimos discos faltantes. No terceiro disco, surgem três peças que estimo bastante: (1) O concerto para mão esquerda, uma das obras para piano que mais admiro, tanto pelo poder quanto pela subtileza; (2) a Pavane que possui uma das melodias mais doces e tristes do mundo; e (3) o Bolero, uma das peças mais conhecidas e apreciadas em todo o mundo da música. A novidade do quarto disco é a presença do compositor Albert Roussel. Sobre ele a wikipédia afirma: "Embora Roussel tenha chegado à música em adulto, tornou-se um dos mais proeminentes compositores do período inter-guerra. Os seus primeiros trabalhos foram fortemente influenciados pelo impressionismo de Debussy e Ravel, as suas obras posteriores Neoclássicas". Sendo assim, não deixe de ouvir. Um bom deleite!

Maurice Ravel (1875-1937) - Boulez Conducts Ravel, Roussel

DISCO 03

Fanfare Pour 'l'eventail De Jeanne'
01. Fanfare Pour 'l'eventail De Jeanne'

New York Philharmonic
Pierre Boulez, regente

Alborada Del Gracioso
02. Ravel Alborada Del Gracioso

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente

Le Tombeau De Couperin
03. I. Prelude
04. II. Forlane
05. III. Menuet
06. IV. Rigaudon

New York Philharmonic
Pierre Boulez, regente
Harold Gomberg, oboé

Piano Concerto For The Left Hand
07. I. Lento
08. II. Allegro
09. III. Tempo I

Phillipe Entremont, piano

Pavane Pour Une Infante Defunte
10. Pavane Pour Une Infante Defunte

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente

Une Barque Sur L'ocean
11. Une Barque Sur L'ocean

Bolero
12. Bolero - I
13. Bolero - II
14. Bolero - III
15. Bolero - IV
16. Bolero - V
17. Bolero - VI
18. Bolero - VII
19. Bolero - VIII
20. Bolero - IX
21. Bolero - X
22. Bolero - XI
23. Bolero - XII
24. Bolero - XIII
25. Bolero - XIV
26. Bolero - XV
27. Bolero - XVI
28. Bolero - XVII
29. Bolero - XVIII

New York Philharmonic
Pierre Boulez, regente

DISCO 04

Trois Poemes De Stephane Mallarme
01. I. Soupir
02. II. Placet Futile
03. III. Surgi De La Croupe Et Du Bond

BBC Symphony Orchestra
Pierre Boulez, regente
Jill Gomez, soprano

Chansons Madecasses
04. I. Nahandove, O Belle Nahandove!
05. II. Aoua! Aoua! Mefiez-Vouz Des Blancs
06. III. Il Est Doux De Se Coucher

Members of the Esemble Intercontemporain
Pierre Boulez, regente
Jessye Norman, soprano

Don Quichotte A Dulcinee
07. I. Chanson Romanesque
08. II. Chanson Epique
09. III. Chanson A Boire

Cinq Melodies Populaires Grecques
10. I. Le Reveil De La Mariee
11. II. La-Bas, Vers L'eglise
12. III. Quel Galant M'est Comparable
13. IV. Chanson De Cueilleuses De Lenti...
14. V. Tout Gai!

BBC Symphony Orchestra
Pierre Boulez, regente
José van Dan, barítono

Albert Roussel (1869-1937) - Symphony No.3 In G Minor, Op.42
15. I. Allegro Vivo
16. II. Adagio
17. III. Vivace
18. IV. Allegro Con Spirito

New York Philharmonic
Pierre Boulez, regente

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dietrich Buxtehude (1637-1707) - Membra Jesu nostri

Buxtehude é considerado como um dos mais importantes compositores do barroco alemão. Foi um extraordinário organista, arte que aprendeu com o pai, seu único professor. Estabeleceu-se como um competente compositor de música sacra. Recebeu eminentes visitas dos principais compositores da época como, por exemplo, Handel e Bach que fez uma caminhada mítica para ver Buxtehude tocar. A Membra Jesu nostri constituem um conjunto de 7 cantatas. Cada parte é dedicada a uma das partes do corpo de Cristo crucificado. Não deixe de ouvir este belo CD. Boa apreciação!

Dietrich Buxtehude (1637-1707) - Membra Jesu nostri

Ad pedes
01. Sonata 0'39
02. Coro. Ecce super montes… 0'58
03. Aria (soprano) - Salve mundi salutare… 1'21
04. Aria (soprano) - Clavas pedum, plagas duras… 1'30
05. Aria (basso) - Dulcis Jesu, pie Deus… 1'36
06. Coro. Ecce super montes… 1'48

Ad genua
07. Sonata in trmulo 1'11
08. Coro. Ad ubera portabimini… 1'36
09. Aria (tenore) - Salve Jesu, rex sanctorum… 1'06
10. Aria (soprano I, II, basso) - Quid sum tibi responsurus… 1'13
11. Aria (soprano I, II, basso) - Ut te quaeram mente pura… 1'14
12. Coro. Ad ubera portabimini… 1'39

Ad manus
13. Sonata 1'02
14. Coro. Quid sunt plagae… 2'03
15. Aria (soprano) - Salve Jesu, pastor bone… 1'30
16. Aria (soprano) - Manus santae, vos amplector… 1'31
17. Aria (alto, tenore, basso) - In cruore tuo lotum… 1'29
18. Coro. Quid sunt plagae… 2'03

Ad ladus
19. Sonata 0'26
20. Coro. Surge, anima mea… 1'29
21. Aria (soprano) - Salve latus salvatoris… 1'14
22. Aria (alto, tenore, basso) - Ecce tibi appropinquo… 1'18
23. Aria (soprano) . Hora mortis meus flatus… 1'18
24. Coro. Surge, anima mea… 1'29

Ad pectus
25. Sonata 0'34
26. Aria (alto, tenore, basso) - Sicut modo geniti infantes rationabiles… 2'06
27. Aria (alto) - Salve, salus mea, Deus... 1'25
28. Aria (tenore) - Pectus mihi confer mundum… 1'21
29. Aria (basso) - Ave, verum templum Dei… 1'25
30. Aria (alto, tenore, basso) - Sicut modo geniti infantes rationabiles… 2'08

Ad cor
31. Sonata 1'53
32. Aria (soprano I, II, basso) - Vulnerasti cor meum… 2'27
33. Aria (soprano I, II, basso) - Summi regis cor, aveto… 2'54
34. Aria (soprano I, II, basso) - Vulnerasti cor meum… 2'09

Ad faciem
35. Sonata 0'42
36. Coro. Illustra faciem tuam… 1'08
37. Aria (alto, tenore, basso) - Salve, caput cruentatum… 1'13
38. Aria (alto) - Dum me mori est necesse… 1'18
39. Coro. Cum me jubes emigrare… 2'08

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Bach Collegium Japan, ensemble
Masaaki Suzuki, regente
Midori Suzuki, soprano
Yoshie Hida, soprano
Aki Yanagisawa, soprano
Yuko Anazawa, alto
Yoshikazu Mera, alto
Makoto Sakurada, tenor
Yoshitaka Ogasawara, bass

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jean Philippe Rameau (1683-1764) - Une Symphonie Imaginaire

Estou com uma profunda disposição para a música barroca esta semana. Não quero dizer que somente postarei música barroca. Mas alguns importantes compositores surgirão, trazendo uma profunda evidência dessa minha propensão. Hoje, apresento Jean-Philippe Rameau, importante compositor francês. Rameau tem uma profunda relevância para a música ocidental. Sua mente lógica (Rameau tinha uma forte inclinação para a matemática), contribuiu substantivamente à teoria musical. Basta dizer que ele foi o mais importante compositor francês no século XVIII. Ele pôs fim ao estilo de Lully, tão celebrizado na corte. Suas obras são densamente ornamentadas, o que evidencia a síntese do estilo rococó. Não deixe de ouvir este delicado CD. Boa apreciação!

Jean Philippe Rameau (1683-1764) - Une Symphonie Imaginaire

01. Zais - Ouverture
02. Castor et Pollux - Scene funebre
03. Les fetes d'Hebe, Act 2 - Air tendre
04. Dardanus, Prologue - Tambourins I & II
05. Dardanus, Le temple de la gloire - Air tendre pour les Muses
06. Les Boreades, Act 1 - Contredanse
07. La Naissance d'Osiris - Air gracieux
08. Les Boreades, Act 4 - Gavottes pour les Heures et les Zephirs
09. Platee - Orage
10. Les Boreades - Prelude
11. 6 Concerts transcrits en sextuor, 6e concert - 1. La poule
12. Les fetes d'Hebe, Act 3 - Musette tendre en rondeau, Tambourin en rondeau
13. Hippolyte et Aricie, Act 3 - Ritournelle
14. Nais, Prologue - Rigaudons
15. Les indes galantes, Act 9 - Danse des Sauvages
16. Les Boreades, Act 4 - Entree de Polymnie
17. Les indes galantes, Act 9 - Chaconne

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Les Musiciens du Louvre
Marc Minkowski, diretor

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Georg Phillip Telemann (1681-1767) - Concerto for 3 Horns, Violin and Orchestra, La Bouffonne Suite, Grillen-Symphonie e Aelster-Ouverture

Julguei importante mencionar os dados que se seguem sobre esse importante compositor: "Teleman publicou a maior parte de sua música, em especial um grupo de 72 cantatas e os três grupos de Musique de table, que são suas obras mais famosas, cada qual incluindo um concerto, uma suíte e várias peças de câmara. Durante sua vida, dedicou-se para que a música fosse difundida e também publicou diversas obras de caráter didático, tendo como temas a ornamentação, o baixo cifrado, entre outros. Teleman foi o compositor mais famoso da Alemanha, pois compôs em todas as formas e estilos existentes em sua época. Em qualquer estilo, sua música tem um caráter inconfundível, sendo clara e fluindo levemente. Apesar de de ser apenas quatro anos mais velho do que seus contemporâneos Bach e Haendel, utilizou um estilo muito mais avançado e pode ser considerado um precursor do estilo musical clássico. Entre os diversos gêneros musicais que compôs, destacam-se a sua Música vocal sacra, sendo notável o extraordinário número de cantatas (aproximadamente 1700), a Música vocal secular, dentre as quais figuram nove óperas, a Música orquestral, a Música de câmara e a Música para teclado". Após tais informações, não deixe de ouvir este delicioso CD. Boa apreciação!

Dados extraídos DAQUI

Georg Phillip Telemann (1681-1767) - Concerto for 3 Horns, Violin and Orchestra, La Bouffonne Suite, Grillen-Symphonie e Aelster-Ouverture

Concerto for 3 Horns, Violin and Orchestra
01. I Allegro
02. II Grave
03. III Presto

La Bouffonne Suite
04. I Ouverture
05. II Loure
06. III Rigaudon I & II
07. IV Menuett I & II
08. V Entree
09. VI Pastourelle

Grillen-Symphonie
10. I Erwas lebhaft
11. II Taendelnd
12. III Presto

Aelster-Ouverture
13. I Ouverture
14. II Die canonierende Pallas
15. III Das Aelster-Echo
16. IV Die Hamburgischen Glockenspiele
17. V Der Schwanen Gesang
18. VI Das Aelster Schaeffer Dorff Music
19. VII Die concertierenden Froesche und Kraehen
20. VIII Der ruhende Pan
21. IX Der Schaeffer und Nymphen eilfertiger Abzug

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Collegium Musicum 90
Simon Standage, diretor

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Sinfonia no. 5 em E menor, Op. 64

Com certeza, a Sinfonia No. 5 é uma das sinfonias que mais gosto. Particularmente, é a que mais gosto de Tchaikovsky. É um trabalho belíssmo, com passagens que verdadeiramente emocionam. É uma das peças que mais ouvi em minha vida. Acredito que ela tenha chegado às minhas mãos quando eu era ainda um adolescente, numa gravação pouco expressiva sob a regência de Woldemar Nelsson, da série Classic Masters. Sendo uma das poucas obra que eu possuía, eu a ouvia dia e noite. Tratava-se de um presente. Não lembro de quem eu ganhei o CD. Das gravações que já ouvi, acredito que seja a gravação feita por Evgeny Mravinsky, a que mais me chamou atenção. Mas, essa sinfonia com o Klemperer não fica para trás. Possui força, dramaticidade, ou seja, é a evocação trágica e grandiloquente que a obra exige. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Sinfonia no. 5 em E menor, Op. 64
01. I. Andante - Allegro con anima
02. II. Andante cantabile, con alcuna licenza - Moderato con anima - Andante nosso - Allegro non troppo - Tempo I
03. III. Valse. Allegro moderato
04. IV. Finale. Andante maestoso - Allegro vivace - Molto vivace - Moderato assai e molto maestoso - Presto

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Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer, regente

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mily Alexeyevich Balakirev (1837-1910) - Sinfonia No. 1 em Dó maior, Islamey (orch. Liapunov) e Tamara

Um dos meus grandes sonhos é conhecer a Rússia. Possuo uma verdadeira paixão pelos mistérios que habitam aquele imenso país. Suas tradições; a beleza dos desertos; das pradarias e estepes; da gelada Sibéria; a Transiberiana que atravessa o território russo, conectando as grandes e as pequenas cidades. Em suma: sou apaixonado por aquele drama, aquela angústia represada, que geralmente encontramos nos principais escritores russos - Dostoievski, Tolstoi, Gorki etc. Existe um senso trágico, de dor, de sentimentos que dilaceram a alma. E com os compositores russos não é diferente. Vejamos: aqui surge mais um - Mily Balakirev. Nascido em 1837, em Novgorod, Balakirev ficou mais conhecido por liderar o Grupo dos Cinco, grupo formado por eminentes compositores nacionalistas - Cui, Mussorgsky, Borodin, Rinsky-Korsakov e o próprio Balakirev. O compositor Mily Balakirev não possui uma obra vasta. Compôs duas sinfonias, dois poemas sinfônicos, quatro aberturas, grande número de obras para piano e uma quantidade considerável de canções de cunho popular. Entre as peças que se destacam neste post, temos a Sinfonia No. 1, composta entre os anos de 1864 e 1866. O andate do terceiro movimento é de uma beleza singular, típica da música russa. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mily Alexeyevich Balakirev (1837-1910) - Sinfonia No. 1 em Dó maior, Islamey (orch. Liapunov) e Tamara

Sinfonia No. 1 em Dó maior
01. Largo - Allegro vivo
02. Scherzo: vivo
03. Andante
04. Finale: Allegro moderato

Islamey (orch. Liapunov)
05. Islamey

Tamara
06. Tamara

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Russian State Symphony Orchestra
Igor Golovschin, regente

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Favourite Cello Concertos - Haydn, Dvorak, Schumann, Elgar, Tchaikovsky, Saint-Säens

Este é um baita CD, daqueles que dispensam comentários. Traz um repertório deveras de peso com obras para cello - Haydn, Dvorak, Elgar, Schumann, Tchaikovsky e Saint-Säens. O músico que nos conduzirá por essa jornada é Mischa Maisky, aluno de Rostropovich e Piatigorsky, dois mestres incontestáveis do instrumento no século XX. Maisky tem se apresentado em várias salas de concerto pelo mundo - Orquestra Nacional Russa, Orquestra de Câmara da Europa, Orquestra Sinfônica de Londres e etc. Gravado ao lado de nomes como Martha Argerich e Gidon Kremer. Sendo assim, não hesite em baixar, pois temos aqui as principais obras que já foram compostas para o instrumento. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Joseph Haydn (1732-1809) - Cello Concerto #2 In D, Op. 101, H 7B_2
01. 1. Allegro Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo_ Allegro

Chamber Orchestra of Europe

Antonín Dvorák (1841-1904) - Cello Concerto op. 104
04. 1. Allegro
05. 2. Adagio, Ma Non Troppo
06. 3. Finale_ Allegro Moderato

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein, regente

From The Bohemian Forest, Op. 68 - Silent Woods
07. From The Bohemian Forest, Op. 68 - Silent Woods

Orchestra de Paris
Semyon Bychkov, regente

DISCO 02

Robert Schumann (1810-1856) - Cello Concerto In A Minor, Op. 129
01. 1. Nicht Zu Schnell
02. 2. Langsam
03. 3. Sehr Lebhaft

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein, regente

Edward Elgar (1857-1934) - Cello Concerto In E Minor, Op. 85
04. 1. Adagio Moderato
05. 2. Lento, Allegro Molto
06. 3. Adagio
07. 4. Allegro Moderato

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Variations On A Rococo Theme, Op. 33
08. Moderato Semplice
09. Var. #1, Tempo Della Tema
10. Var. #2, Tempo Del Tema
11. Var. #3, Andante Sostenuto
12. Var. #4, Andante Grazioso
13. Var. #5, Allegro Moderato
14. Var. #6, Andante
15. Var. #7, Coda_ Allegro Vivo

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente

Camille Saint-Saens (1835-1921) - Carnival Of The Animals
16. 14. The Swan

Orchestre de Paris
Semyon Bychkov, regente

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Mischa Maisky, violoncelo

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Partita E Major, Bwv 1006, Sonata G Minor, Bwv 1013 e Sonata A Minor, Bwv 1003 (violoncelo piccolo)

Curiosamente eu enviei este CD para o megaupload no mês de maio do ano passado e somente agora eu resolvi postá-lo. Traz peças do grande pai. A seguir segue um texto com a explicação do que seja o violoncelo piccolo:

J.S.Bach tem uma relação estreita e muito especial com o violoncello piccolo de quatro cordas e foi o único compositor a escrever explicitamente para ele. Além da sexta Suite a violoncello solo senza basso, escrita para um violoncelo ou um piccolo de cinco cordas, Bach deixou também nove Cantatas onde incluiu arias com violoncello piccolo obbligato. Todas essas Cantatas foram escritas entre 1724 e 1726, muito perto da data da composição das 6 suítes (1720 - 1723). Teria Bach aproveitado a presença passageira em Leipzig de algum violoncelista que tocava esse instrumento, ou teria ele mesmo algum desses instrumentos em mãos?

A maioria dessas partes para violoncello piccolo foi escrita sem dúvida para um instrumento de quatro cordas, um tenor afinado em Sol, ré, lá e mi, como a extensão requerida por Bach claramente demonstra. De fato, a nota mais grave nessas partes é o Sol e conseqüentemente a corda grave Dó de um instrumento a cinco cordas nunca seria utilizada. Ainda mais, existem acordes que, se o instrumento tivesse a corda Dó, seriam naturalmente tocados e mais completos com quatro notas, mas aparecem incompletos, só com três notas e faltando a fundamental!

Essas arias com violoncello piccolo obbligato exploram, como Bach sabia tão bem fazer, o timbre delicado e particular e os limites da técnica e da expressividade do instrumento. Essa música maravilhosa, escrita por um dos maiores compositores da história da música, constitui a melhor defesa do violoncello piccolo de quatro cordas.

Ao lado dessas partes de obbligato existe também uma parte de violoncello para a Cantata BWV 71 de 1708, com uma extensão indo do Sol grave (sem então nenhuma nota que requer a corda Dó), até o mi´ agudo (uma décima segunda acima da corda lá do violoncelo normal). Nunca usar uma das quatro cordas do instrumento e tocar numa região tão aguda dele seria muito excepcional em 1708 - tudo indica que essa parte de violoncello foi escrita para um instrumento afinado em Sol, ré, lá, mi, um violoncello piccolo de quatro cordas.

Mas a relação particular de J.S.Bach com o violoncello piccolo de quatro cordas não se limita a essas peças. Existe uma pintura extraodinária de Balthasar Denner feita em torno de 1730, que aparentemente representa Bach e três de seus filhos, todos com instrumentos na mão. Na mesa estão abertas partituras, como se eles estivessem acabado de tocar. Dois dos filhos seguram violinos, o outro um traverso e Johann Sebastian um instrumento que, pelas suas dimensões, sua forma e suas quatro cravelhas, é irrefutavelmente um violoncello piccolo de quatro cordas! Esta é certamente uma representação realista e Bach parece saber muito bem segurar e tocar esse instrumento (como tantos outros). A época em que essa pintura foi feita, em torno de 1730, é muito próxima da época em que Bach escreveu as suítes para violoncelo solo e as árias com violoncello piccolo obbligato. Teria ele mesmo tocado ou, ao menos, experimentado essas peças no seu próprio instrumento? Teri Noel Towe escreveu recentemente um artigo extenso e muito interessante sobre o rosto de Bach, onde apresenta sua análise minuciosa do quadro de Denner em comparação a outros retratos do compositor e defende que o Denner não teria representado de verdade J.S.Bach, mas o violoncelista Christian Ferdinand Abel e três de seus filhos - o que não muda nada para nossa situação, porque Abel era amigo próximo e colega de Bach e consequentemente este último teria tido contato direto com o instrumento, mesmo assim! Dentro de toda a polêmica e a confusão que existe até hoje em torno da viola pomposa, da viola da spalla e do violoncello piccolo na música de Bach, este quadro de Balthasar Denner representa um documento de época valiosíssimo, que comprova a relação direta de Johann Sebastian Bach com o violoncello piccolo de quatro cordas. DAQUI


Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Partita E Major, Bwv 1006, Sonata G Minor, Bwv 1013 e Sonata A Minor, Bwv 1003 (violoncelo piccolo)

Partita E Major, Bwv 1006
01. Preludio (3:31)
02. Loure (4:21)
03. Gavotte En Rondeau (3:18)
04. Menuett 1 & 2 (5:10)
05. Bourée (1:28)
06. Gigue (2:17)

Sonata G Minor, Bwv 1013
07. Allemande (5:56)
08. Corrente (4:04)
09. Sarabande (5:22)
10. Bourrée Anglaise (3:27)

Sonata A Minor, Bwv 1003
11. Grave (4:03)
12. Fuga (7:34)
13. Andante (6:02)
14. Allegro (5:53)

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*Arranged by Anner Bylsma

Anner Bylsma, violoncelo piccolo

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 8 em Dó menor

A pressa me impede de maiores colóquios. O texto, por isso, sairá magro, excessivamente frugal. Faço aqui a primeira postagem do ano. Pensei inicialmente em postar A Criação de Haydn, mas não consegui subi o arquivo há tempo. Verificando alguns CDs, decidi-me por esse que se segue. É música que soa poderosa, uma viagem espiritual. As sinfonias de Bruckner são uma das minhas paixões. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

*Não consegui localizar o CD na Amazon. O link faz referência a um CD similar.

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 8 em Dó menor
01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Alegro moderato - Trio. Langsam
03. III. Adagio. Feierlich langasam; doch nicht schleppend
04. IV. Finale. Feierlich, nicht schnell

Edition: Leopold Nowak

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Kölner Rundfunk-Sinfonie-Orchester
Otto Klemperer, regente

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